Culto em Família

Culto doméstico, culto familiar, culto em família, devocional do lar nomes que são dados a um momento muito importante para os cristãos.



O culto doméstico é uma norma ou uma atividade opcional para a família cristã?


A Palavra de Deus diz claramente que cabe aos pais instruir seus filhos sobre o Senhor e seus feitos. Um dos textos mais conhecidos que trata desse assunto é Deuteronômio 6.4-9 e 11.18-19 (vale a pena reler antes de continuar).

“Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” (Deuteronômio 6.4-9)

“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os olhos. Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos.” (Deuteronômio 11.18- 19)

Em nenhum momento você vai encontrar que essa tarefa é opcional. Na verdade, é mais que uma tarefa, é um dever, logo, o opcional está fora da jogada. Também é verdade que não encontramos nesses mesmos textos a expressão “culto doméstico”, ou algo do tipo. Será? Se olharmos com atenção, o autor de Deuteronômio mostra como e onde os pais devem instruir seus filhos. Como? Com insistência e intencionalidade, afinal inculcar algo na mente de outra pessoa não se consegue com rapidez ou facilidade.


David Merkh, autor do livro “101 Ideias Criativas para o Culto Doméstico”, destaca que essa instrução ocorre a qualquer hora, aproveitando situações cotidianas e acontecimentos esporádicos.


Esse ensino também deve ocorrer nas horas mais favoráveis, ou seja, em um momento combinado, em um lugar e horário determinado. Não seria esse momento de ensino o que chamamos de culto doméstico?


Quando entendemos que esse é o nosso dever, que vai além da nossa comodidade e ultrapassa as nossas desculpas (por vezes esfarrapadas), o culto doméstico se torna, não somente um dever a ser cumprido, mas uma grande ferramenta no discipulado dos nossos filhos.


Então, vamos lá, o que podemos fazer?
  • Planeje esse tempo em família.

    Veja o melhor horário e faça ajustes, se necessário, até terem o horário e local mais adequados. Comece com dois ou três dias por semana e amplie até, quatro ou cinco vezes. Não fique dando desculpas para não fazer, se falhar alguns dias, retorne e vá em frente. Persevere!

  • Lembre-se: é um culto a Deus.

    Não é bate-papo e nem é momento para lições de moral aos filhos. Seja focado.

  • Siga um roteiro básico e seja criativo.

    Não se esqueça que o Deus que amamos e servimos é criativo e não sonega sua criatividade àqueles que pedem e buscam. Procure bons livros e sites. Veja algumas dicas ao final do texto.

  • Seja simples, mas não superficial.

    Fale de uma forma que todos entendam e leve-os a refletir sobre o que estão ouvindo, orando e cantando. Mostre como as verdades aprendidas podem ser aplicadas no dia a dia.

  • Promova a participação.

    Crie um ambiente onde vocês possam expor e sanar dúvidas, compartilhar suas necessidades e conflitos e desenvolver habilidades – cantar, contar história, orar e ler em voz alta.

  • Seja breve.

    Fique atento aos filhos menores, pois sua atenção é limitada. David Merkh aconselha que seja de 5 a 10 minutos quando são pequenos e esse tempo aumentará à medida que crescerem. Joel Beek, autor do livro “Adoração no Lar”, recomenda até 25 minutos, considerando filhos mais velhos.


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